Conceda- me essa dança, donzela,
Pois há muito vejo teu rodar impaciente
Sobre a varanda de tua casa,
Seguindo o passo que o vento traz.
Tu sabes que neste mundo não há vagabundo
Que ande tranquilo. E quem vive de pressa
Não ganha migalha sequer sem dor e preocupação.
Teus passos ganham beleza,
E com meu violão vem a melodia.
E, enquanto todo mundo vem e vai,
Nós dançamos ao pino do meio dia.
Nesta tarde tu me mostras o que há de belo na vida:
A beleza de viver está em cada rodopiar incerto,
Dentro de cada nota dessa dança.