A você que me lê

Versos editados
Em espaço enfeitado.
Expor minhas ideias
É um pouco arriscado.
Por isso, a você
Que me lê, um aviso:
CUIDADO!!!

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Vendo (o movimento parado)

Tudo anda tão parado
Tudo tão enfileirado;
Fila de carro, fila de banco,
Fila pra cair no mesmo buraco.

Tudo anda tão desajeitado,
Como quem é pego fazendo errado,
Que muito se lucra vendendo jornal
Cheio de sangue de gente normal.

O movimento para,
Para pra comemorar,
Que todo mundo tem carro
E uma vaga à ocupar.
O coração congela,
Aponto de entorpecer.
Isolando o amor,
O deixando morrer.


sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Cartão- postal

Ei, vem ver o que
Eu deixei preparado
Antes de dizer adeus,
E não te ter ao lado.

Vem ver que eu
Reservei o melhor das montanhas,
Fora do cinza da nossa cidade.
O que ainda não se perdeu.

Se você quiser eu deixo
A porta entreaberta.
Pra não pensar que tá presa,
E desistir, sem presa e sem luta.

Um cartão- postal só nosso,
Entre as curvas da floresta.
Pra saber se eu posso
Saber o que me resta.