A você que me lê

Versos editados
Em espaço enfeitado.
Expor minhas ideias
É um pouco arriscado.
Por isso, a você
Que me lê, um aviso:
CUIDADO!!!

sábado, 23 de outubro de 2010

"Por sorte ou por azar" (ânsia de viver)

No profundo céu sem estrelas,
Na pureza dum firmamento estrelado.
Nessa procura ao infinito
Que Amuppiah voou apressado,
Para encontrar seu coração
Em algum lugar na expansão,
Perdido no acaso.

Foi ele dado à uma dama,
Que o usou com desdém,
E não o guardou com cuidado.
"Um coração apaixonado
Não se encontra fácil, como grama",
Ela ouvia com frequência.
Mas tanto se importou 
Que tão breve o soltou.

E foi nessa ânsia de viver
Ou de não morrer
Que Amuppiah aprontou as asas
E voou o mais alto para encontrar
Um coração que batia aflito.
Mas se perdeu no céu de luar,
Entre as estrelas que julgava ser
"Corações perdidos,
Por sorte ou por azar."

domingo, 17 de outubro de 2010

Observação

Essa noite o vento assobiou.

E a moça na calçada se assanhou,
Pensando que alguém assobiava pra ela.

O motorista de táxi acordou,
Achando que alguém queria correr.

O cachorro até olhou em volta,
Procurando o dono que o faria merecer.

No alto da suite duma cidadela,
A dona de casa, com medo da chuva
                                                        fechou a janela.

Mas o vento assobiou foi de orgulho,
Anunciando que cortara os lábios
De alguém que o amava.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Um sorriso aliviado para a leveza da vida

Hoje só um sorriso bastaria,
Não importa como soe
Aos meus olhos, será o suficiente
Para alegrar o meu dia.

Com o cheiro das flores,
Exalando suas cores,
Esperando pelo momento
De alguém, na maior das sutilezas,
Lhe lance o mais terno olhar
E lhe traga alívio.

Não importa a coerência
Desse leve pedido, suprimido
Pelo alívio desse sorriso.
Aos meus olhos é o suficiente
Para alegrar meu canto.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Como se tudo se resumisse a chapéus...

Uma solução_
uma solução para a vida,
uma vida solucionada,
um soluço de criança,
sem flores para cheirar,
um olhar obtuso
para um céu sem estrelas_
Selados num chapéu mágico.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Sentença

O que hoje escrevo,
Escrevo por ser escravo.
Eternamente penalizado
Por não saber outra forma de expressão.

Estou fadado, 
Indefinidamente grato,
A escrever em linhas tortas,
E me prender em alvas folhas.