A você que me lê

Versos editados
Em espaço enfeitado.
Expor minhas ideias
É um pouco arriscado.
Por isso, a você
Que me lê, um aviso:
CUIDADO!!!

segunda-feira, 12 de março de 2012

Através das eternas gotas

Toda vez que a chuva
Bate na janela, sem pedir licença,
Invade, inteira, minha solidão.

Interrompe, de uma vez,
Meus pensamentos, ao olhar pra'ela
E vê- la chicotear o chão.

São meus olhos tristes
Que tentam, sem sucesso, encontrar você
Através das eternas gotas.

Despencando, como folhas,
Do céu ao chão; nem dá pra dizer
De tal doçura em outros planetas.

O meu corpo segue errado,
Feito carro na contramão.
Que caminha, lado a lado,
Entre a fé e a razão.

Permanece atormentado,
Sem encontrar resposta:
"Afinal, o que bate no peito
É instrumento de sopro
Ou de percussão?"