A você que me lê

Versos editados
Em espaço enfeitado.
Expor minhas ideias
É um pouco arriscado.
Por isso, a você
Que me lê, um aviso:
CUIDADO!!!

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Sol nos teus pés

Eu não consigo entender
Esse sol nos seus pés,
Toda vez que você anda.
Que parece não queimar
As pegadas incertas
Que aparecem na escuridão.


Eu não consigo entender
Tantos romances que são feitos,
Na tela de um computador.
E parecem não se importar,
Que a distância que os une
Os separa devagar.


E eu queria gritar para você ouvir.
Pois só você poderia entender.
Que eu sou um fora da lei
Precisando de descanso.


Eu não consigo entender
Esse sorriso no olhar,
Toda vez que vai dizer
Que eu não preciso me preocupar.
Pois as vozes que ouço antes de dormir
São apenas a televisão.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Juventude

Era uma flor e parecia eterna,
Seu pequeno broto de rosa
Não desabrochara ainda.
Mas arrancava olhares
De homens ocupados
E de trabalhadores atrasados.

Quando o broto começou a se abrir,
Foi em meio a pedras,
E a chuva castigava cruelmente.
Cheguei a pensar
Que seria difícil ver
Tanto sofrimento em tentar viver;
Mas caso a teimosia
Insistisse em ficar,
Seria por demais belo
Contemplar a rosa
Em seu esplendor.

"Depois da tempestade vem o arco-íris",
E, realmente, era beleza de outro mundo:
Ela parecia ter sido presenteada
Com a delicadeza,
E era de se emocionar ver a rosa
Esbanjando sua vida.

Não é por demais dizer
Que ela desfaleceu, pouco a pouco,
E suas pétalas caíram vagarosamente;
Que os homens atarefados fitavam-na
E se sentiam menos despreocupados;
E os trabalhadores ficaram pontuais.
Pois a beleza da juventude é como uma rosa:
É bonito de se ver,
É triste de se perder
Mas é essencial para perfumar,
O nosso atarefado ar.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

O rio e a chuva

Ouvi dizer,
Que lá fora existe um rio verde.
E tu sempre bebe água dele,
E toda vez que chove
Ele fica cristalino.

O verde que ele ganha
Vem dos teus olhos castos.
É que a chuva não gosta de ti,
Por isso pinta de cristal
O rio que colores só de olhar.