A você que me lê

Versos editados
Em espaço enfeitado.
Expor minhas ideias
É um pouco arriscado.
Por isso, a você
Que me lê, um aviso:
CUIDADO!!!

quarta-feira, 31 de março de 2010

Os super- heróis também envelhecem

Eu era herói, e vivia salvando o dia entre as paredes,
A salvar pessoas de suas próprias sombras,
A aparecer nas primeiras páginas dos jornais,
A ser perseguido pelo mundo procurando saber quem eu sou,
Qual o meu nome e onde eu moro,
De quem eu tenho uma certa 'queda',
De onde sai aquela ' teia' que me balança até a injustiça.
É, vida agitada a que eu tinha!
Com o tempo, porém, tenho ficado mais lento,
Sem disposição para deixar meu dom ao serviço da comunidade,
Sentindo os efeitos das freqüentes dores,
Na coluna, na cabeça, os fios brancos já são realidade,
E não posso fazer nada.
Hoje tenho vontade de voltar no tempo,
E tentar viver como alguém normal,
Conhecer pessoas diferentes, ter novas sensações,
Poder contar a meus filhos minhas experiências.
Agora só me resta três coisas:
O sangue correndo nas veias,
A limitação dos meus 70 e poucos,
E o banco que compartilha minha solidão.

terça-feira, 30 de março de 2010

Arte em duas estrofes

A vida pode ser dividida entre antes e após a Arte.
Nos tornamos mais sensíveis a poemas bem escritos,
Apreciamos detalhes dos quadros pintados
E prestamos atenção em pequenos versos nos cantos dos músicos nas praças.

Mas e a Arte? Ela não mudou depois da nossa chegada.
Ela continua a mesma: imponente, poderosa, estruturada,
Não precisa de nada nem de ninguém; ela existe naturalmente.
Antes de nós ela era Arte, depois de nós ela continua Arte.

segunda-feira, 29 de março de 2010

A rotina das noites num deserto

Por favor me diga aonde nós estamos.
Tá difícil perceber nessa escuridão,
Esse ermo sem movimento parece correr atrás de nós
Nem estrelas brilham nessa noite de verão.

Por favor me explique de uma vez:
Onde que nós fomos parar?
Não sei quem continuou, nem quem parou
Nesse deserto que aparece toda vez que me prendo a você.

Seja um tornado e desarrume o ao seu redor.
E depois vá sem motivo para voltar de repente,
Surpreendendo a todos, se intrometendo e
Assustando- me com o seu aparecer.

Espero que um dia você vá e não volte,
Que desapareça como o dia que espalha toda  escuridão
E finge que ficará para sempre mas some sem motivo,
Rotina, jamais direi seu nome de novo.


terça-feira, 23 de março de 2010

Infinita noite de Março

Hoje o dia passou como um raio,
E nenhuma palavra no papel nessa 
Infinita noite de Março.

Artista sem ideia nem criação,
O carros passando e a poluição
Barulhenta dessa infinita noite de Março.

Os segundos se arrastam lentamente;
É  uma tortura cada passo adiante.
A noite triste afunda inconstante

Enquanto Buck Owens sussurra quase
Inaudível no rádio; me perco na falta de estrelas
Nessa infinita  noite de Março.

Hoje eu durmo enquanto
Todo mundo acorda e o mundo
Está apático enquanto eu finjo que não.

A justiça clama por piedade
E um segundo para descanso.
Eu ouço seu pranto enquanto todo mundo finge que não.

De manhã as horas passam como um raio.
nenhuma esperança de melhora,
Apenas a piora e a chuva são certas
Nesse infinito mês de Março.






quinta-feira, 18 de março de 2010

A borboleta e o abismo

Oh!minha doce pintora
Não vá embora!
O dia só está começando,
E meu coração bate ao ritmo da nossa noite.

Ah!que loucura foi ter você em meus braços.
Doce pintora, pinte para mim um quadro
Com seus delicados traços
Retrate nossa sina.

Pinte uma criança a perseguir a borboleta
Sem se dar conta do enorme abismo adiante
Triste nossa realidade!

Você flutua ao sabor do vento
Eu, aqui com os pés no chão,
O abismo em nossos mundos distantes.

Doce pintora, responda- me uma coisa:
O que fazer para viver feliz,
Se você escapa- me aos dedos
E eu fico a olhar desalentado o seu flutuar no céu?

quarta-feira, 17 de março de 2010

Essa nossa indiferença...

A diferença todos percebem,
Mas poucos conseguem descrever.
Porém ela nos difere do resto do mundo,
Essa nossa indiferença.
Põe em xeque nossa existência
Confrontados com um  dilema:
"Ver o que há de belo na tristeza
E entender a beleza de ser triste"

"Filhos da pátria"?

       Durante os muitos anos de História tem se percebido algo intrigante: o mundo passa por várias mudanças. Mudanças hidrográficas, climáticas; a sociedade também muda: muda a política, a economia e muito mais. Mas na maioria das vezes a juventude é quem puxa tais mudanças.A título de exemplo: a juventude que lutou contra a ditadura, a juventude quem lutou pela mudança das eleições("diretas já!") e a juventude quem lutou (e luta até hoje) por mudanças, como o meio passe.
       Mas hoje a juventude mudou, e para pior. A cultura brasileira, tão rica, tão nossa, vem se perdendo para as consequências da globalização. A identidade brasileira, que lutamos tanto tempo para conseguir, está sendo substituída pelo 'american wear of life' . Grande parcela de culpa é da juventude, que rejeita a literatura, a música, os filmes brasileiros. Exemplo irrefutável:  perguntem se nossos jovens já leram algum livro de Fernando Sabino, Rubem Alves, Machado de Assis? "Nunca ouvi falar".... Agora inverta os autores. Perguntem se já leram as coleções do Harry Poter, Crepúsculo e os livros do Dan Brown? "CLAROOOOOOO!!!!!!" e daí começa um longo resumo de todos os livros lidos uma centena de vezes. Perguntem se eles ouvem música brasileira de qualidade (não vale NX, Fresno, nem 'Claudinha' Leite). Nem adianta tentar responder, já sabemos a resposta. Vemos cultura americana nas roupas, nos penteados, até na comida!
        Às vezes observamos nossos pais dizer: "essa juventude está perdida".... e muitas vezes eles tem razão. Na época deles, onde tudo era mais difícil, ser brasileiro era um orgulho. Hoje é antiquado. Por pior que seja  a realidade, resta uma pergunta: são esses os "filhos da pátria", tão aclamados pelo hino nacional?

segunda-feira, 15 de março de 2010

Dedicada aos "Artesãos, de palavras"

Arte passada,
Arte agora,
Arte futura,
O inédito só se descobre quando passa,
O 'agora' ainda será lembrado no 'futuro'
Com a importância merecida de uma geração,
Esquecida pela alienação de alguns,
Mas lembrada pela criatividade de outros,
Que fazem da poesia o estopim para a liberdade.


P.S: dedicada a André A. Martins

sexta-feira, 12 de março de 2010

Stranger

Estranho é ver que não sou assim como todos são,
É, não gosto de axé, não sei dançar, como todos.
Não acredito nas mentiras espalhadas com o nome de 'cristandade'
Como todos aceitam, não uso correntes de prata
E não sou hipócrita.
Não voto em ninguém para não cobrar depois,
Não cobro nem de mim falta de atitude.
Não culpo a Deus por suposta
'falta de coordenação motora'. Já cansei de ouvir:
"Deus escreve certo por linhas tortas".
Estranho é perceber: o garoto de cabelo desgrenhado,
Que senta no fundo da sala de aula escrevendo,
sem rir das gracinhas que pessoas 'normais' inventam,
Tocando violão com outros 'estranhos' e não importando
Se sua voz é desafinada, se não toca hits do verão
Ou se já é hora da aula de química,
Estranho, mas ele parece feliz como nós (às vezes mais felizes que nós)
Estranho mas ele vive como um jovem!
Ele parece ter 20 anos, com todas suas ideias revolucionárias
E teorias malucas sobre viver melhor, mas só tem 17!
Por mais que pareça estranho, a vida é mais do que festas sub- 17
E perfis do Orkut.
É mais banal do que parece
'Mas a estrada vai além do que se vê'

Ao incompreensível "amor"

O amor é a força mais abstrata
E pura que existe.
Não é tão simples entender,
Assim como vemos e ouvimos.

Eles tentam entender o amor,
Falam seu nome nas músicas,
Embelezam- no nos filmes,
Pobres mortais! Não entendem nem suas vidas inúteis!

O amor não é para ser entendido,
Não é para ser visto, nem ouvido.
É independente de tudo e de todos.

Ele é confundido pelos jovens por atração,
Não é sentido na pele nem no coração.
Ele é ' descoberto' apenas quando é perdido.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Incógnitas da Arte

O pintor bate o pincel na tela para pintar a rebeldia,
O escritor chia o lápis no papel para de escrever a monotonia da vida,
O malabarista joga ao ar pinos e sua esperança de dias melhores.
Que as nuvens batam palmas! Eis as grandes incógnitas da arte.
Aquelas que não são compreendidas pelo mundo,
Que vivem suas vidas em busca de criatividade,
Alimentadas pela dificuldade que é viver,
Que não importam com o que vão vestir,
Vivem cada dia como se realmente fosse acabar.
Vão para os braços da solidão para procurarem felicidade
E inspiração para caminhar nessa curta estrada da vida.
E no final de tudo? Morrem como todos nós,
Viram pó, mas ficam nas memórias de uma biblioteca empoeirada,
Lembrados sempre como sempre foram:
Pessoas mal entendidas,
Com ideias mal vistas pela sociedade,
Mas com a visão que todos deveriam ter.

terça-feira, 9 de março de 2010

O som do vento

Ouvi uma voz me chamando;
Me despertou do sono.
Era o som do Vento tentando me acordar,
Vindo da colina para me incomodar.

O Vento tenta me mostrar  a liberdade,
"Venha percorrer o mundo até se cansar!"
Enchendo minha cabeça de curiosidade,
Até que um dia  morte nos separe.

O Vento me acordou e me fez observar:
Viver entre grades pode nos entediar.
De que adianta ter tanto dinheiro,
Se o Vento, de repente, o levar?

O Vento tentou me carregar,
Mostrou- me cavalos a caminhar.
Então pensei na minha vida;
Por que não me libertar?

Queria ter tal liberdade,
Todos a querem, não importa a idade.
Correr despreocupado sem direção,
E te levar comigo no meu coração.

Pequenos gestos

Feche os olhos por um momento,
Desligue- se de tudo ao seu redor.
Desligue- se do trabalho, do trânsito ou do caos,
Desligue- se de tudo ao seu redor.

Sinta a brisa afagar seus cabelos
Com todo o carinho que a natureza tem a oferecer.
Sinta ela abraçar seu corpo,
E perceba o conforto de seu amor.

Agora abra os olhos, mais uma vez.
Verá o mundo todo, como ele é.
Poderá contemplar sua afabilidade,
Vislumbrar toda sua beleza.

Tente observar as boas coisas,
Tanto as grandes como as pequenas.

Veja as árvores a dançar ao uivo do vento,
Como indígenas em dia de festa.
Veja o sol despedindo- se de nós
Numa aquarela de cores fortes e vivas.
Veja as estrelas brilharem na expansão,
Como diamantes em um forro de veludo.

E veja a lua na imensidão celeste.
E lembre- se de mim,
Que sempre te associa à todas as coisas bonitas.

sábado, 6 de março de 2010

Vontades

Eu quero ver a vida de um ângulo diferente,
Eu quero quebrar as grades que separam a gente.
Eu quero correr sem me cansar,
Eu quero descansar no calor do teu colo.
Eu quero que bombas implodam e suguem meu vazio.
Eu quero esvaziar um copo cheio de ar,
E enchê- lo com as lágrimas dos seus olhos.
Eu quero aquecer sua mão à minha,
E quero que você se vista como as flores do campo.
Eu quero ser o quadro que te olha incansavelmente.
Eu quero tudo de uma vez.
Sou desse jeito, apressado, com medo do tempo.
Ou da falta dele.
Mas percebo que o mundo não pára quando estamos juntos
E o tempo passa voando.
A gente envelhece mais rápido, mas continuamos os mesmos.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Vida e Morte

A Vida é um ponto de vista,
A Morte é um ponto cego.
Pois tamanha é a certeza da Morte,
E maior ainda é a incerteza da Vida.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Ofertas

Hoje ofereço- me totalmente a você,
Ofereço meus interesses,
Ofereço meus pensamentos,
Ofereço minhas músicas,
Ofereço uma flor que arranquei do jardim vizinho,
A terra ainda pranteia a pobre rosa retirada de suas entranhas.

E você, o que tem a me oferecer?
Alguns minutos na sua apertada agenda,
Uma xícara do seu café amargo,
Um golpe do seu olhar esverdeado
Frio e desencantado da vida.

Por que você não me oferece pra entrar?
Por que você não me oferece um abraço, um afeto, uma ternura?
Aqui fora o frio é de cortar,
Porque você não me aperta forte apenas para me esquentar?

Hoje me ofereço totalmente a você,
E ofereço também meu egoísmo.
Queria estar no seu mundo,
Mas você me arrancou do seu jardim e me ofereceu a alguém.

Sobre a chuva

Enquanto isso a chuva chicoteia o chão que eu piso,
Não há lugar para se esconder,
Da tempestade todos fogem, mas pra que correr?
Se vamos nos molhar, então vamos apenas andar, e sentir a chuva nos nossos rostos,
Separados por uma gota, um abismo,
Uma eternidade separa a quietude dos nossos corpos
Molhados, grudados na roupa que nos encobre.

O idealizador

Eu me limito a olhar o céu
E imaginar um mundo melhor.
Mas apenas idealizo as mudanças,
Pois nada depende de mim.

O errar nos impõe esse mundo,
Nosso erro nos expõe
E nos obriga a por os problemas no papel.

Ninguém mais quer perguntar:
'Por que vivemos assim?'
"Colher o dia " não adianta mais
Pois nos restou o escuro da noite.

Eu me limito a olhar ao redor
E esperar a solução cair do céu.
Mas apenas idealizo as mudanças,
Pois nada depende de mim.

Eu me limito a tomar um chá
E imaginar um lugar bonito.
No monocromático desse mundo
Nós somos apenas os coloridos.

Equilíbrio

Gotas de chuva caem e respingam
fazendo da minha janela um vitral,
Interrompe meus pensamentos vagos
Que vagavam no infinito do meus sentimentos:

Quão miseráveis que somos!
Nos prendemos facilmente à ideais frágeis,
Nos entorpecemos deliberadamente a emoções fúteis,
Futilidades que controlam nossas motivações.

Eis o amor; o maior dos entorpecentes,
O único que não aparenta sintomas.
De tão silencioso é inebriante
E seus efeitos são duradouros.

Acredito estar drogado,
Por não entender mais aquilo que sinto.
Acabo de perceber minha dependência
E minha decadência vem à tona.

Agora o sol brilha no vitral,
Fazendo- me ver o que os olhos não vêem
E nem mesmo o coração vislumbra:
O equilíbrio e o arco- íris, coisa de sol e chuva.

Aurea Mediocritas

Pinturas arcadistas mostram no relevo,
Atrás do verde dos relvosos pastos
A mediocridade, pura e simples,
Que todo mundo tanto almeja.

Mediocridade é o sonho de todo homem,
Também é o sonho meu.
Mas quem me dera ter o que sonho?
Teria um quadro branco, um pasto limpo
E teria você comigo.

Mas não tenha medo de ser Marília,
Não sou nenhum Dirceu.
Seu coração não estará preso ao meu.

Nem mesmo em jaulas, ou em prisões,
Ou em pinturas em lindos quadros.
Nem em poemas jamais terá de esperar por mim

Estarei sempre ao seu lado,
Andaremos juntos no mesmo pasto.

Talvez a vida seja assim tão simples,
Só precisamos ser mais humildes:
Viver ao lado de quem se ama
Dentro de um quadro com verde grama.

Há quem diga

Há quem diga que o amor é cego,
Há quem diga que a juventude se perdeu,
Há quem diga que é falta de respeito dizer o que pensa sem pensar.

Há quem discuta sobre futebol,
Há quem discuta sobre política,
Há quem discuta que isso não é assunto para discussão.

Há quem tente pensar por mim,
Há quem tente dizer por mim,
Mas não preciso dizer nem pensar nada quando estou contigo.
Pois fico mudo ao dizer ' te amo',
E fico louco só em pensar no que dizer.
Por isso pareço um bobo quando estamos juntos,
Porque eu só consigo te olhar e nada mais.

Há quem prefira o cinza da cidade,
Há quem prefira o verde do interior,
Há quem não prefira, por isso tantos suicidem ao meu redor.

Só quem tem olhos de discernimento enxerga como eu,
E vê motivos para viver em coisas tão 'banais',
E entende a banalidade que é viver.

Prisões Marítimas

Peixes nadam nas profundezas,
Retiram seu alimento do mar.
Eu retiro dele apenas minha solidão e um reflexo vazio do meu rosto.

Nas algas eu vejo tesouros entrelaçados no balançar dos seus cabelos,
Apenas a recordação de barcos caídos no profundo.
Profundamente eu desço ao tártaro.

Eu peço que alguém me salve,
Eu peço que alguém me tire da prisão.
É até bom ficar sozinho, mas cansei de olhar para a imensidão, e não ver mais solução.

Antes eu não queria ver ninguém, hoje quero ter meus pés de novo ao chão.
Ver barcos à deriva já não me agrada mais
Queria ter de novo a minha paz!

Eu peço que alguém me salve,
Eu peço que alguém me tire da prisão.
É até bom ficar sozinho, mas cansei de olhar para a imensidão, e não ver mais solução
Para o meu tédio,
Encerrado nos meus ossos,
Quero encerrar a viagem!
Aportar no próximo cais
E ter de volta a minha paz.

Eu peço que alguém me salve,
Eu peço que alguém arranque as grades da prisão.
É até bom ficar sozinho, mas cansei de olhar para a imensidão, 
Será que alguém enxerga solução?

Escrito por Amuppiah

terça-feira, 2 de março de 2010

Fotografias

Fotografias_um avanço considerado na história das representações gráficas. Antes das fotos, famílias (geralmente da nobreza) pagavam (e caro) a pintores para representar sua família. E o avanço tecnológico tiraram os pobres pintores de cena. Hoje, séc. XXI, além de tirar fotos pelo telefone ou pelo aparelho musical, é possível até mesmo editar e melhorá- las. Exemplo caro é as revistas de fitness, as pornográficas e as de moda em geral, que passam por editores e por programas como o "photoshop" e outros. Engraçado, por que será que geralmente não gostamos de nossas fotos? O nariz está meio pontudo, então vamos ao "photoshop"; fiquei meio gordinho naquela foto, vamos tirar o excesso? E daí postamos no Orkut, no MSN as fotos tão perfeitas, tão bem editadas, que as pessoas começam relacionamentos (às vezes superficiais demais para começar um relacionamento cara-à-cara ) com pessoas que são 'bonitas' nas fotos postadas. Na hora do pessoal, percebemos: "os olhos dela não são cinzas com tava no seu perfil"; "ele não é malhadinho como tava no orkut" e coisas do tipo.
E quem não  coloca fotos de paisagens, animais e emoticons no MSN no lugar do SEU rosto? E quem não tira foto apenas do olho, ou não tira foto do rosto de perfil, ou coisas do tipo? Temos de aprender a gostar de nosso corpo como foi 'esculpido', com aquela espinha, aquele pneuzinho em excesso. Porque, no futuro, com ou sem "photoshop" vamos ficar velhos, 'pelanquentos' e enrugados, coisa que nenhuma tecnologia pode dissipar