A você que me lê

Versos editados
Em espaço enfeitado.
Expor minhas ideias
É um pouco arriscado.
Por isso, a você
Que me lê, um aviso:
CUIDADO!!!

terça-feira, 8 de junho de 2010

Labuta

Meu bem, não guarde meu prato de jantar,
Me aguarde na janela com muita precisão.
Não fique triste, chego logo logo
Com o atraso do trânsito e a poluição.

E, quando chegar, espero seu sorriso
Aberto, de dentes brancos e lábios vermelhos.
Um abraço forte e beijos descontrolados
São prêmios da minha constante labuta.

Quando sentar- me, espero ouvir o som harmonioso
Que sai da sua boca, contando sobre o dia;
Pena que não presto atenção.

Só reparo em toda casa, na vida que levo,
Nos quadros que não pintei,
Na madeira que nada talhei nem esculpi,
Na música que não fiz,
Nos poemas que não escrevi,
Em todas essas maldições da minha constante labuta.

Um comentário:

  1. Belíssimo poema! Adorei! O dia-a-dia, é, afinal, poesia. Ou será a poesia o nosso próprio dia-a-dia?

    Abraço!

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