Eu era herói, e vivia salvando o dia entre as paredes,
A salvar pessoas de suas próprias sombras,
A aparecer nas primeiras páginas dos jornais,
A ser perseguido pelo mundo procurando saber quem eu sou,
Qual o meu nome e onde eu moro,
De quem eu tenho uma certa 'queda',
De onde sai aquela ' teia' que me balança até a injustiça.
É, vida agitada a que eu tinha!
Com o tempo, porém, tenho ficado mais lento,
Sem disposição para deixar meu dom ao serviço da comunidade,
Sentindo os efeitos das freqüentes dores,
Na coluna, na cabeça, os fios brancos já são realidade,
E não posso fazer nada.
Hoje tenho vontade de voltar no tempo,
E tentar viver como alguém normal,
Conhecer pessoas diferentes, ter novas sensações,
Poder contar a meus filhos minhas experiências.
Agora só me resta três coisas:
O sangue correndo nas veias,
A limitação dos meus 70 e poucos,
E o banco que compartilha minha solidão.
Ah, entendi. Hum, então quer dizer que ele voltou a estudar? Que bom, fico feliz! :)
ResponderExcluirPoxa, obrigada pelo elogio, mas tem textos que eu não consigo me expressar direito, os dois últimos servem de exemplo. Tem dia que não sai nada, mas o bom é forçar para não perder o jeito.
Seu texto ficou ótimo, eu realmente imagino que um velhinho pense dessa maneira, não sei porque, talvez por medo da morte e arrependimento do que não fora feito.
:*
O texto esta otimo fico até sem palavras pra expressa como seu texto esta vc otimo escritor
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